Seis séculos de muita arte
1755-1818
A navegação deu origem à produção de um conjunto de livros de instruções náuticas acompanhadas de mapas sob a designação portolani (derivado do latim portus) para a “descrição dos portos marítimos e das costas”. Respondendo às necessidades diárias dos navegadores, os portulanos eram gradualmente corrigidos através de uma cuidada medição das distâncias e de um sistema de retas direcionais, que partiam de uma rosa-dos-ventos principal e se cruzavam com outras linhas de rosas secundárias. Esta “teia” permitia aos navegadores calcular os pontos de acerto da rota de navegação. A partir do século XVIII a cartografia portuguesa retoma o seu prestígio com os excelentes levantamentos cartográficos realizados no Brasil e África, de que são exemplo as duas Cartas do Atlântico de 1804, da autoria de José Fernandes Portugal. Nascido no Rio de Janeiro em 1755, destacou-se como piloto e hidrógrafo da Marinha de Guerra Portuguesa. Nestes portulanos são de realçar os destaques dados aos portos de Luanda e Benguela pela sua estreita relação com os interesses brasileiros.
| Manuscrito sobre pergaminho, 60 x 79 cm
| PONTA DELGADA, AÇORES. Museu Carlos Machado