Seis séculos de muita arte
1611-1661
Atribuída ao pintor flamengo Jan Fyt, esta natureza morta de flores destaca-se pela força compositiva e cromática da disposição das inúmeras espécies florais, bem como pela presença de um animal vivo, um papagaio encarnado, que vem agitar o conceito de “Natureza morta”. Túlipas de diferentes tons, rosas, crisântemos, dálias, campainhas, estão representadas numa dinâmica pictórica ampla, num jogo subtil de luz e sombra que sublinha as texturas e formas, como nas flores brancas conseguidas na sobreposição de múltiplas gradações de tom. No século XVII era impossível ter todas estas flores reunidas num mesmo momento. Têm proveniências diversas e existem em diferentes estações do ano. A disposição das flores corresponde a uma cenografia cuidadosamente preparada e imaginada pelo pintor que estudava isoladamente cada espécie, à medida que as conseguia obter.
| Óleo sobre tela, 172 x 129 cm
| CASTELO BRANCO. Museu Francisco Tavares Proença Júnior