Seis séculos de muita arte
1863-1908 Portugal
Carlos de Bragança teve, como artista, uma presença marcante na pintura naturalista da época. O seu percurso artístico é essencialmente o de um autodidata, homem de espírito curioso e sensibilidade estética, aberto ao conhecimento e ciência, que viaja, observa, estuda, e cujo estatuto privilegiado lhe permite aceder a diversos meios de informação e documentação e aconselhamento. Teve uma particular paixão pelo mar e por tudo o que com ele se relacionava, desportos náuticos, barcos, fauna e flora marítimas, que nas suas expedições oceanográficas, pioneiras em Portugal, analisava e catalogava com grande rigor científico. Nesta representação de um veleiro ao largo da costa da Guia, a trepidação de luz modela a agitação das ondas escurecidas pelo reflexo das nuvens, traduzindo a emoção com que sentia e interpretava o mar.
| Óleo sobre tela, 43 x 61 cm
| LISBOA. Palácio de Belém