Seis séculos de muita arte
1926-1969 Portugal
D’Assumpção faz esta pintura durante a sua última estadia em Berlim. Em plena maturidade artística, trabalha com rigor as formas e a sua fragmentação, numa estrutura entre abstração e reminiscências cubistas, indissociável da paleta de matizes escuros, pretos, castanhos, cinzentos, em contraste com os azuis e vermelhos da composição central, conseguindo uma composição densa, de intensa força plástica. Pintor em constante questionamento, desiludido com o mundo e com a vida, D’Assumpção viveu vários anos em França, viajou pela Europa, absorveu as novas linguagens plásticas, como o expressionismo, o cubismo ou a abstração geométrica. Movido por um forte misticismo, que projeta na sua pintura, a partir de finais da década de 50 encontra na abstração um campo de transcendência e de fuga da realidade.
| Óleo sobre tela, 128 x 190 cm
| CRATO. Museu Municipal do Crato