Seis séculos de muita arte
1914-1988 Portugal
A paisagem ocupa um lugar preponderante na obra de João Hogan. Entre os vários artistas que o influenciaram, Cézanne marca o seu modo de ver e representar a paisagem. No entanto, ao longo de meio século de produção artística, João Hogan, hoje reconhecido como um dos mais interessantes paisagistas portugueses da segunda metade do século XX, traçou um caminho muito pessoal e independente. Apesar de ter vivido na cidade, as suas paisagens, sobretudo a partir de finais da década de 60, raramente contemplam a presença humana. São espaços áridos, desabitados, silenciosos e intemporais, paisagens construídas volumetricamente numa sequência de planos, em busca do essencial, num jogo de volumes e de encontros cromáticos em ocres, castanhos, verdes, que se desenvolve numa expressão topográfica quase abstrata.
| Óleo sobre tela, 150 x 200 cm
| GUARDA. Museu Municipal da Guarda