Giovanni Pontano (c. 1426–1503) foi um humanista e poeta do Renascimento italiano. Natural de Cerreto di Spoleto, estabeleceu-se em Nápoles, onde se tornou figura central da corte aragonesa e da vida intelectual da cidade. Foi conselheiro político, diplomata e chanceler dos reis de Nápoles, além de fundador e líder da influente Accademia Pontaniana, que viria a tomar o seu nome.

Pontano destacou-se tanto pela sua prosa filosófica como pela sua poesia latina. Entre as suas obras mais notáveis estão os tratados De prudentia, De sermone e De rebus coelestibus, que abordam temas como ética, linguagem e cosmologia. No campo poético, escreveu elegias e poemas didáticos como Urania e De hortis Hesperidum, além de composições líricas profundamente pessoais como De conjugali amore e Eridanus, que celebram o amor conjugal e a vida familiar.

A sua escrita alia erudição clássica a uma sensibilidade moderna, sendo um dos raros autores renascentistas capazes de expressar emoções íntimas com autenticidade e elegância latina. A sua obra foi impressa por Aldo Manuzio e influenciou profundamente a literatura neolatina.